Na Costa Leste e principalmente em Três Lagoas, a cadeia produtiva do setor gastronômico necessita de desenvolvimento e fortalecimento.
Pensando nisto, o Sindicato Rural de Três Lagoas e a Abrasel Costa Leste MS promoveram uma reunião para levarem a demanda do setor e escutarem dos produtores de leite, o que falta para eles conseguirem atender a crescente demanda deste setor na Costa Leste.
O Presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares, Restaurantes, Hotéis e Similares), Marcos Antônio Gomes Júnior, explica que a associação está trabalhando duro para melhorar a cadeia produtiva do setor. “O objetivo é criar um movimento focado no crescimento e desenvolvimento das empresas do setor gastronômico da região”, disse.
Ele cita que Três Lagoas vive um momento diferente, em que as entidades estão interagindo e tentando juntas encontrarem soluções integradas para os desafios do município e região.
Ainda conforme o representante da Abrasel, a instituição fez uma pesquisa com 40 dos 90 associados da entidade e detectou que, anualmente, mais de 200 mil litros de produtos lácteos seriam necessários para atender a demanda já existente. Os produtos esperados são, além do leite in-natura, os seus derivados, como nata, manteiga, creme de leite e queijos.
O presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas Kennides Martins, aponta que este movimento inicial é somente o começo da estruturação de um projeto que vai ajudar tanto os agricultores, cultivadores e fornecedores a se conectarem com os clientes. “Essa reunião serve para alinhar estratégias junto à Associação do Arapuá, para levantarmos se o laticínio pode atender a demanda local, ou se terão que incrementar a produção”, pontua.
E o presidente da Abrasel vai além: “Atualmente, perdemos milhões de reais em compras que são feitas fora da cidade. Temos um problema sério na cadeia produtiva, mão de obra e impostos estaduais excessivos – isso dificulta muito o crescimento e desenvolvimento das empresas locais. Esse dinheiro que vai para outras cidades em investimentos como as distribuidoras, atacadistas e afins deveriam, na verdade, estar concentrados na nossa cidade. As compras de nossos estabelecimentos deveriam ser realizadas localmente – é desta forma que se cria uma economia sustentável”, explicou.
Kennides disse ainda que o Sindicato Rural está focado no fomento do setor rural e alinhado no pensamento de criar uma cadeia produtiva mais robusta, que atenda as demandas locais.